Claudia Facchini, IG, São Paulo
O projeto de trazer a Disney para o Rio de Janeiro vem ganhando mais e mais defensores. A inauguração de um parque de diversões da grife americana é considerada por especialistas uma das melhores alternativas para aproveitar, no futuro, os investimentos que estão sendo feitos em infraestrutura na cidade para a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada em 2016.
Em um artigo publicado no livro "Rio - A Hora da Virada", que acaba de chegar às livrarias, o economista e diretor do BNDES, Fábio Giambiagi, e o engenheiro Lucas Ferraz, criador do site Clube Brasileiro de Montanhas-Russas, mostram que a Rio-Disney é um sonho viável e que o projeto poderia ser uma "peça-chave na manutenção do turismo gerado pelos eventos esportivos nos próximos anos".
"O Rio precisa começar desde já a se planejar para o pós-2016", afirmam os autores. Na América Latina, o Rio de Janeiro é a cidade mais conhecida, assim como são as marcas Nova York, Tóquio, Paris e Barcelona.
A Disney vem se expandindo internacionalmente desde os anos 80 e é provável que comece a incluir a América Latina em seus projetos. "Sabe-se que os parques de Orlando estão buscando novos horizontes, em novas terras", afirmam os autores.
A Disney já possui cinco parques fora dos EUA, dois na França, dois no Japão, um em Hong Kong, e está construindo mais um na China, em Xangai.
Outros grupos americanos de parques de diversão também estão buscando negócios no exterior. A Universal Studios já abriu parques no Japão (2001), Cingapura e Dubai (2010) e está construindo um complexo na Coréia do Sul, que está orçado em US$2,7 bilhões e deve ser inaugurado em 2014. O Sea World está prospectando projetos na China e Sudeste Asiático.
Viabilidade econômica
O investimento para construção de uma Disney no Rio, porém, seria de bilhões de reais. De acordo com estudos feitos pelos autores, estima-se que os parques de Paris e Hong Kong tenham custado entre US$1 bilhão (R$1,5 bilhão) e US$1,5 bilhão (R$2,3 bilhões), sem considerar toda a infraestrutura em torno do empreendimento, como hotéis, lojas,centros de convenções e campos de golfe.
Mas, via de regra, não é a Disney quem entra com os recursos para bancar a construção dos projetos. A multinacional, por exemplo, não desembolsou um único centavo para construir a Disney de Tóquio, inaugurada em 1983. O projeto custou US$750 milhões e os recursos vieram da Mitsui Estate Development e Keisei Electric Ry. Co.
A Walt Disney Company receberá 10% de royalties sobre os ingressos e 5% sobre as vendas do parque japonês até 2024, o que lhe garante uma entrada de US$25 milhões em seus cofres por ano.
Locais para a Disney-Rio
Ferraz e Giambiagi destacam três locais onde a Disney-Rio poderia ser construída, tomando por base o tamanho dos parques no exterior.
Um dos locais possíveis seria uma área na Barra da Tijuca, próxima à avenida Ayrton Senna, que seria de fácil acesso para quem vem da Zona Norte quanto da Zona Sul. O terreno comporta um resort do tamanho do complexo da Universal Studios de Orlando.
Outro local seria Guaratiba, após a descida da serra, que comportaria um resort do tamanho da Universal Studios do Japão. O local é próximo à Av. Brasil.
O terceiro local proposto pelos autores ficaria no município de Itaboraí, a cerca de 40km do centro do Rio, no encontro das rodovias BR-101 e RJ-116.
Locais mais visitados no mundo
O poder de atração dos parques de diversão da Disney é inquestionável. Em uma lista dos 10 lugares mais visitados do mundo, elaborada pela Forbes Travel, o Magic Kingdom da Disney, em Orlando, figura em terceiro lugar. Só fica atrás da Times Square, em Nova York, e do National Mall & Memorial Parks, em Washington.
A Trafalgar Square, em Londres, aparece em quarto no ranking e, abaixo dela, está a Disneyland Park, na Califórnia, à frente das Niagara Falls, no Canadá.
Outra Disney ainda aparece na lista dos 10 lugares mais visitados: o parque de Tóqui, que está em oitavo lugar.
Notícia tirada daqui.
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