terça-feira, 30 de outubro de 2012

Relato de Viagem: Primeira noite em Miami - Comfort Suites Miami Airport North

Como disse no último post, chegamos tarde da noite em Miami. Pegando malas, alugando carro, só fomos chegar ao hotel de madrugada.
Já esperava chegar tarde e por isso procurei um hotel com características específicas: com recepção 24 horas, perto do aeroporto, com estacionamento descomplicado, com café da manhã, mesmo que simples, para nos poupar tempo de manhã e, claro, limpo, minimamente confortável, com bom atendimento e bom preço. Ufa! As exigências parecem muitas, né? Então me pus a procurar avaliações em sites de viagem e de reservas, como o Trip Advisor e o Hoteis.com. Depois de muuuuita pesquisa (dá trabalho, mas eu amo!), achei o Comfort Suites Miami Airport North.

Viajaríamos em setembro e o hotel havia sido inaugurado em fevereiro. As avaliações eram ótimas, as únicas críticas eram o estacionamento pequeno que enchia rapidamente (mas havia a possibilidade de estacionar próximo ao local), o café da manhã que não agradava a todos e a vizinhança que, bem, o hotel é ao lado do aeroporto! Não tem nada! O café não me preocupava, pois queríamos algo simples. O estacionamento também não me parecia um grande problema, pois íamos em baixa temporada e havia possibilidade de estacionar próximo ao local. A vizinhança também não era problema, pois iríamos apenas dormir e sair na manhã seguinte. O quarto era uma suíte com duas camas queen e um sofá-cama - ótimo para nós que, de início, seríamos cinco pessoas. A tarifa, para reserva com antecedência, também era boa e tanto o estacionamento, quanto o café, estavam incluídos gratuitamente. Não pensei duas vezes.
O hotel oferecia translado gratuito 24 horas entre o hotel e o aeroporto e cogitei utilizá-lo caso chegássemos cansados demais para pegar o carro. No fim, achamos melhor pegar o carro logo para economizarmos tempo na manhã seguinte.


Carro parado nos arredores do hotel.

 Chegando no hotel, não tivemos problemas para estacionar. Como previsto, o estacionamento estava bem vazio. Havia apenas um atendente na recepção, muito cordial, e o check-in foi super rápido. Notamos que ao lado da recepção havia um pequeno bar (fechado, pelo horário) e uma pequena lojinha de conveniência com itens que podem ser úteis, como água e cup noodlesO hotel é muito novo, tem decoração sóbria, mas bonita, apesar de ser um hotel simples. Há uma pequena piscina e um fitness center, que não usamos. 


Piscina.


O quarto era surpreendentemente espaçoso e limpo. Há uma ante-sala com o sofá cama, mesinha de centro e uma escrivaninha. Do outro lado o rack de TV, poltrona e banquinho. Há bastante espaço para guardar roupas, já que tem um armário (com cofre e tábua e ferro de passar) e gavetas. Mobília, carpete, tudo novinho! 


Ante-sala

Marido, a escrivaninha e poltrona.

Rack com a TV.

Armário por dentro.

Tem microondas, frigobar e cafeteira - ótimo para quem vai com criança ou fica por mais tempo. Eles fornecem alguns sachês de café e chá, mas minha mãe e meu marido provaram e disseram que o café é horrível! Aliás, café nos EUA, é realmente ruim (Há uma explicação para isso, mas deixo para um post futuro).A internet wi-fi funcionou bem para nós, mas já ouvi relatos de que não pega bem em alguns quartos.


Cafeteira com copinhos e sachês.


A cama é super confortável! Estávamos exaustos e apagamos! Tivemos uma ótima noite de sono, pois, apesar do hotel ser bem próximo ao aeroporto, o quarto é bastante silencioso, não ouvimos o barulho dos aviões.  


Camas.

O banheiro tinha espaço suficiente, era também bastante limpo e a água quente funcionou perfeitamente.

Banheiro

Pia.


Quem está acostumado com os buffets de café colonial dos hotéis brasileiros pode se decepcionar com o hot breakfast oferecido pelo hotel. Eles oferecem bastante variedade - alguns pães, cream cheese, ovos, algumas frutas - mas a comida não é lá essas coisas. Os ovos eram horríveis! Uma espécie de omeletes, que devem ser comprados prontos e ficam duros e borrachentos (e ainda estavam frios!). Já os waffles, no sistema "faça você mesmo", eram beeem bons! São dois ou três tipos de massa, que você derrama na maquininha e espera ficar pronto, e várias coberturas disponíveis. Para mim o waffle e o suco de laranja (aquele pasteurizado da Flórida, horrivelmente bom! rs)  já valeram como um belo café da manhã. Não é uma super refeição de férias, mas quebra o galho de quem tem que sair cedo e é de graça (de graça não, né? Nada é de graça, mas não representa um custo extra!).  


Cara de sono, comendo waffle tomando suquinho. 
Cara de sono, comendo ovos ruins e pão com cream cheese.

Bem alimentados, fizemos um check-out, também super rápido e rumamos para o shopping Midtown Miami. Nossa viagem estava apenas começando!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Relato de Viagem: A chegada em Miami e o aluguel do carro

Pesquisei muito antes de escolher por qual empresa alugaria o carro, item indispensável para quem vai para Orlando por Miami. Decidi alugar através do Orlando Tickets Online e não me arrependo... um ótimo preço, um ótimo atendimento e não, eu não estou ganhando nada para dizer isso! Mas, infelizmente, não posso dizer a mesma coisa da Alamo, a principal locadora com a qual eles trabalham (acho que eles trabalham com outras também, mas no site apenas os preços da Alamo estão listados).

Após chegarmos em Miami, já tarde da noite, pegamos as malas na esteira e, após fazer a imigração (tranquila, sem traumas!), pegamos o MIA Mover até o local onde ficam as locadoras de carros. O primeiro mico em terra estrangeira já aconteceu nesse percurso, quando dona Rosangela (minha mãe), sem saber que era proibido, entrou com o stroller de carregar malas em uma das esteiras dos corredores do aeroporto. O que aconteceu? O stroller travou e as malas despencaram, caindo todas em cima da esteira e causando um enorme engarrafamento de pessoas, já que quem vinha atrás teve que parar. Um King Kong!


A única foto que tirei do aeroporto usei no último post. Essa foto é do Jimmy Baikovicius.



Chegando na área das locadoras, depois de uma pequena fila, fomos atendidos em um dos balcões da Alamo. Eu já sabia que o atendente me empurraria uma série de seguros extras e já estava preparada para recusá-los, mas não esperava que ele fosse tão agressivo em sua abordagem. 
Sempre ouvi todos falarem "você não precisa de nenhuma outra coisa além desses seguros já contratados e do SunPass (o adicional para passar direto nos pedágios e ter as tarifas cobradas depois pelo cartão de crédito)", então já sabia que deveria negar qualquer outra coisa oferecida. 
O atendente, muito arrogante, me perguntou se queria trocar de categoria. Disse que não. Ele disse que, como éramos 3 pessoas, nossas malas não caberiam no carro. Eu disse que tínhamos apenas três malas médias, não pretendíamos fazer muitas compras e que elas caberiam, sim. Ele insistiu. Eu disse que tinha um carro muito pequeno no Brasil e que se as malas couberam nele, caberiam em um carro maior (eu tinha um Twingo, não tinha como as malas caberem nele e não caberem em um carro da categoria que alugamos!). Ele sacudiu os ombros, murmurou um "ok" com cara de "depois não diga que não tentei avisar" e, sem me perguntar mais nada, entregou o contrato... com vários seguros e itens que me gerariam um enorme custo extra! 

Devolvi o contrato, pedindo, muito educadamente, que ele imprimisse um novo SEM aqueles itens que eu NÃO havia pedido! O atendente reagiu como se meu pedido fosse absurdo, disse que se algo ocorresse a minha mãe seria responsabilizada (pagamos com o cartão de crédito dela, já que o meu havia sido clonado pouco tempo antes da viagem). Eu disse que não queria, que não precisava daqueles itens e ele continuou tentando nos convencer de uma maneira bastante agressiva, falando muito em espanhol (enquanto eu falava apenas em inglês com ele) e dizendo "Você tem certeza? Você quer que sua mãe seja responsabilizada? Ela pode ter que pagar muito dinheiro! Ela pode até ser presa!", virava para minha mãe e dizia "Você quer ser responsabilizada? Quer sofrer as consequências?". Ele falava como se alguma coisa fosse acontecer conosco com certeza, o que dava um tom de ameaça ao que ele dizia. 
Ele só parou quando pedi, falando bem alto para que os clientes que estavam nos balcões ao lado escutassem, que ele cancelasse tudo que eu alugaria o carro por outra empresa. Ele disse algo como "Tudo bem, eu fecho seu contrato como você quer. Mas depois não venha aqui chorando, reclamando. Não diga que eu não avisei!".
Escolhemos um carro entre os dois que estavam disponíveis, um Dodge Avenger, e fomos embora, com medo de que algo ocorresse, de que fosse tudo armado pela locadora para que algo desse errado. Felizmente, nada ocorreu durante toda a viagem. 


O Dodge que alugamos. Foto minha.

É complicado recomendar a Alamo depois do atendimento que tivemos, mas voltaria a alugar através do Orlando Tickets Online sem pensar duas vezes. Em Orlando, passamos no escritório para buscar alguns ingressos que compramos com eles e pegar o GPS que eles emprestam e o atendimento foi ótimo! Nos deram dicas, recomendações de segurança e ainda peguei alguns cupons de desconto que estavam disponíveis. Da próxima vez, alugo com eles, mas por outra locadora.

Próximo capítulo: o hotel que ficamos em nossa primeira noite em Miami. Outra grata surpresa! Aguardem!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Relato de Viagem: Voando Avianca para Miami

Uma surpresa positiva da nossa viagem foi voar pela primeira vez pela Avianca.

Já tinha ouvido falar bem da companhia, nas minhas longas pesquisas, quando me deparei com uma promoção imperdível do Lifemiles, o programa de milhagem da Taca/Avianca. Aconteceu assim: havia me cadastrado no Lifemiles havia alguns meses, para receber promoções por e-mail e ficar por dentro do programa, e recebi um e-mail anunciando a promoção de compra de milhas a 2x1 para clientes cadastrados há mais de três meses. Eu não tinha nenhuma milha, mas resolvi checar o preço para ver se valia a pena comprar algumas... qual não foi a minha surpresa ao achar um voo de ida e volta para Miami por um número muito baixo de milhas! Inacreditáveis 26 mil milhas pela ida E volta! Chequei e vi que o número máximo de milhas permitido para a compra me permitiria resgatar, com folga, três passagens de ida e volta para Miami. Perfeito! Era o que eu precisava! Comprei a metade do número necessário de milhas, ganhei o dobro pela promoção e resgatei as três passagens pelo preço de uma! Sim, eu paguei o preço de UMA passagem de ida e volta para Miami por TRÊS passagens! Uma façanha que nunca mais consegui repetir, embora a Avianca ainda faça promoções de compra a 2x1 de vez em quando (mas nunca mais consegui encontrar passagens por uma baixa quantia de milhas).


Estava empolgada com a promessa de um bom serviço e aeronaves novas e foi o que encontrei.
Embarcamos no dia 5 de setembro, por volta de 8h45 da manhã, depois de uma longa fila para o check-in, pois não havia conseguido fazer check-in online.

Se não me engano, o avião era um Airbus A319, com três assentos de cada lado. Não senti muita diferença no espaço entre as poltronas, que alguns reviews na internet dizem ser um pouco maior. O serviço, no entanto, foi atencioso, a comida comível (padrão de comida de avião,  mas comida e não barrinha de cereais) e o entretenimento de bordo, uma delícia.

O avião tem telas individuais com filmes, séries, jogos, informações turísticas, músicas, clipes e shows. Havia vários filmes novos (Valente, O Ditador, MIB3, entre outros) e também filmes mais antigos e clássicos. Achei os shows e as séries interessantes também (shows do John Lennon, Duran Duran, séries Modern Family, Two Broke Girls, Simpsons, entre outras). A grande desvantagem é que não há opção de legendas em português, apenas dublagem.


A telinha inclui uma entrada USB, que lê somente fotos e arquivos de mp3, mas não lê vídeos. Há um controle remoto que serve também de console para jogos, muito interessante!
Travesseiro, manta e fones de ouvido estavam à disposição de todos sem custos, mas aconselho levar os próprios fones, pois a qualidade dos fornecidos pela companhia é bem ruim (quebra um galho para os esquecidos, de todo modo).
A comunicação com os passageiros era toda em espanhol bastante corrido ou um inglês pouco compreensível, mas nada que representasse um grande problema, já que os comissários eram atenciosos.

No primeiro trecho, foi servido um café da manhã à bordo. De acordo com as fotos que tirei (a minha parca memória talvez não me deixaria lembrar de tudo), uma das opções era omelete, com batatas, um pedacinho de linguiça, tomate, um copinho de frutas, pãozinho integral, manteiga e geleia. A outra era quiche de queijo, champignon, as mesmas batatinhas, frutinhas, o mesmo pãozinho, manteiga e geleia. O almoço foi um sanduíche de queijo, presunto e tomate. Para beber, muitas opções, de vinho branco a refrigerante colombiano Postobon. As bebidas alcoólicas estavam disponíveis somente no almoço e incluíam vodca Absolut e uísque Red Label.


Por volta das 13h chegamos ao aeroporto de El Dorado em Bogotá, Colômbia. Esta é a parte ruim da viagem, uma looonga parada de 5 horas. Mas pelo preço das passagens, eu não podia reclamar, né? Mais que justo!
O aeroporto de El Dorado é o hub da Avianca na América do Sul e tem infraestrutura semelhante à que temos no Galeão, aqui no Rio, ou seja, precária. Duty Free fraco, poucas opções de restaurantes e lanchonetes e um wi-fi imaginário que não funcionou para nós. Há quem saia do aeroporto para dar uma volta em Bogotá, visitar o Cerro Monserrate ou almoçar pelo centro, mas, apesar de ser tentador, o medo do engarrafamento em um dia comercial falou mais alto. Ficamos no aeroporto.

O procedimento de desembarque já tomou um certo tempo de nossa espera e depois fomos almoçar na praça de alimentação do aeroporto. Dica: ao sair do local de desembarque é melhor não entrar na fila de conexões, mas na fila de desembarque/imigração, como se fosse sair do aeroporto e ir para a praça de alimentação. A área de espera para conexões tem pouquíssimas opções! Nós entramos pelo lugar errado, para a área de conexões, onde há apenas o Duty Free, alguns cafés e duas lanchonetes, e tivemos que recorrer a um funcionário do aeroporto para sair dela (meio fugidos, por uma escada de funcionários!).
Na praça de alimentação, nada de comida gourmet, mas é possível provar pratos tradicionais colombianos, como a bandeja paisa. Com mais três horas e meia de viagem pela frente preferimos não arriscar uma dor de barriga, preferimos pedir massa em um restaurante chamado Piccolo. Lasanha, espaguete, nada muito elaborado, nada maravilhoso, nem ruim, apenas bom. Nos divertimos pagando a conta de  64.715... pesos uruguaios! Com cartão de crédito, é claro, não precisamos trocar pesos. Tentamos o pagamento com American Express, que não passou, mas conseguimos com o Mastercard.


Depois um café colombiano em uma das lanchonetes mais próximas à área de embarque. Café ruim e não conseguimos pagar com cartão, pois nossa conta não atingiu o mínimo necessário estipulado pela loja. Nossa sorte foi um venezuelano simpático na mesa ao lado, que morava no Brasil, viu nossa dificuldade e se dispôs a trocar algum dinheiro por reais.

Antes do embarque passamos por uma revista bem rigorosa! Tivemos que tirar sapatos, abrir malas, nécessaires, tudo! Minha mãe perdeu um isqueiro e um cortador de unha. Besteira, mas se não quiserem perder nada, é bom checar as regras e pensar bem no que levar!
Enfim, embarcamos em um avião equivalente ao do primeiro trecho, outro A319 ou um A320, talvez, não prestei atenção, sorry! Nesse voo foi servido jantar. Uma saladinha, frango com legumes e purê de batatas. Não me lembro qual era a segunda opção e, a contar pelas fotos, todos comemos a mesma coisa. De sobremesa um biscoitinho colombiano recheado de doce de leite que, se bem me lembro, era muito bom!


Algumas horas depois... welcome to MIA! Saímos de Bogotá pouco depois das 18h e chegamos em Miami por volta das 23h, sem atrasos.

Na volta não tivemos a mesma sorte, mas isso já é estória para outro post... por enquanto nossa viagem está apenas começando!